Amélie Poulain dá a bunda

Se você perguntar a alguém super alternativo qual o filme favorito desta pessoa, ela com certeza responderá "O fabuloso destino de Amélie Poulain". Nada contra este filme. Acho ele o máximo! Um roteiro super inovador, com uma história fofa e direção excepcional. Um filme que merece todo o respeito que tem. Mas é que, pra mim, existem filmes melhores. Ponto. Entretanto, não vim para falar sobre a qualidade deste filme, vim constatar sobre o fato de que sua protagonista prestava favores sexuais ao dono de seu apartamento. E dos grandes. Como?

Em recente artigo da BBC, a jornalista Ondine Millot alerta as pessoas sobre o fato dos franceses, em especial as mulheres estudantes, estarem pagando os aluguéis de sua moradia com favores sexuais. Devido ao alto custo de moradia na França, que chega a representar 70% do orçamento de uma pessoa, pessoas que não tem muito dinheiro aceitam pagar o aluguel em forma de sexo quinzenal com o dono do imóvel. A situação ficou tão escancarada que já existe classificado falando abertamente que o preço é uma bela fornicada.

Aí é que entra a nossa querida Amélie Poulain. Para aqueles que viram o filme, ela trabalha como garçonete - emprego esse que não acho que seja dos mais rentáveis - e mora em um belo apartamento, com quarto e sala grande. Como seria possível uma garçonete de um café não muito movimentado pagar seu aluguel em um prédio chiquezinho bem localizado em Montmartre? Só com sexo, muito sexo. Aquela carinha de "sou serelepe" nunca me enganou.

Brincadeiras à parte, este post tenta tratar, de forma irônica, uma situação deveras crítica que assola a França e não tardará para chegar no Brasil. O mundo está perdido, mesmo.

Hasta!