Wednesday, March 05, 2008

Relembrando III

Os anos de 99 e 2000 foram os do ápice das boys bands. Nos EUA, o Backstreet Boys emplacava "I Want it That Way" e o N´Sync gozava do sucesso de "Bye Bye Bye". No Reino Unido, o 5ive tranformava em hit "Keep On Movin" e o Westlife regravava "Uptown Girl". Não se tocava outra coisa, não se via outra coisa. Menininhas histéricas cultuavam suas bandas favoritas praticamente como religião. Comparações entre elas eram comum, mas aí estava a galinha dos ovos de ouro de toda indústria fonográfica internacional. E o Brasil não podia ficar de fora dessa. Assim sendo, se inspirando no Lou Pearlman (o descobridor de Nick, Brian, A.J., Howie e Kevin), o empresário Héli Batista recrutou os não menos talentosos, mas genéricos: Sander, Luciano, Leonardo, Gilson e Alex, pra formar a boy band brasileira que ficou para os anais do "One Wit Wonders". É com muito prazer que reapresento:

Twister






Com 40 graus de febre ficaram mesmo foram todos os programas de auditório (menos os da Globo que não apresentavam os meninos, devido a relação do grupo com as empresas do Gugu) com a quantidade exaustiva de vezes que esse refrão ecoou pelo país. No Disk MTV, o clipe da música chegou a ultrapassar os das boys bands gringas. Mas, e depois disso? Onde eles foram parar?

Após a explosão do 40 graus eles tentaram fazer sucesso com isso. Mas não deu em quase nada. Até versão do N' sync eles tentaram, porém de novo rolou fracasso. E em 2003, com o fechamento da Abril Music o projeto veio por água abaixo. As notícias sobre o grupo só voltaram anos depois, mas não nas páginas de entretenimento do jornal e sim nas policiais. Sander, o paquitão mor do grupo, o Justin do Twister, foi preso traficando drogas em baladas paulista e depois de 1 ano e meio na cadeia, virou palestrante.
Hoje em dia, ninguém sabe muito bem por onde anda Luciano, Leonardo e Alex... já Gilson é cantor evangélico de sucesso.

Quem sabe daqui a alguns anos num rola o revival do Twister, a lá Spice Girls? Quer dizer, pensando bem... vamos deixa-los apenas na memória.

Até a próxima.


Já passaram pela coluna relembrando: Tarkan e Cogumelo Plutão.

1 comment:

minicritico said...

A fase de boy bands foi uma das mais árduas, pobres e inaudíveis da história desse país. Hoje é legal lembrar, mas o mais legal mesmo era saber que tais bandas, o simples ato de admirá-las, um dia, fosse em cinco ou dez anos, ia ser digno de risos, bochechas rosadas e muita, muita vergonha. O mesmo aplica-se, hoje em dia, aos pseudo-sertanejos Cesar Menotti & Fabiano, Edson & Hudson, Bruno & Marrone e Victor & Leo, sempre acompanhados de seus insuportáveis falsetes. Daqui a dez anos, Flamarion Pirtouscheg e Fellipe Cruz (vulgo Moura) envergonhar-se-ão por um dia terem pago 80 suados (ou não) reais para ir a um show de tais duplas. Não quero nem citar Babado Novo, NxZero, Fresno e afins...