O culto ao trash se tornou modinha em São Paulo nesse novo século. A valorização da década de 80 foi um dos grandes frutos dessa tendência, com baladinhas com esta temática e até bandas que exploravam os anos que para muitos poderiam ter sido apagados da história. Todavia, poucas homenagens aos personagens que construiram esse período foram tão sinceras e genialmente produzidas quanto o curta-metragem "Ópera do Mallandro". E não é a do Chico que eu to falando.
No curta um moleque precisa em 15 minutos fazer um redação para se livrar da reprovação do colégio. Nesse período ele viaja até a década de 80 onde busca a inspiração para o seu texto. Até aí, nada mais além do que mais uma homenagem ao Trash 80, contudo essa viagem é toda ela baseada na obra do Sr. Glu-glu, o ídolo Sérgio Mallandro.
Ok. Você pode acha-lo ridículo, cafona, mas com certeza já foi tocado com alguma aparição desse cidadão. Seja ele, cantando o clássico "O Ovo" com o Faustão, ou até de namorico com a Xuxa, em alguma das muitas re-exibições do clássico "Lua de Cristal" na Sessão da Tarde. Você pode até acha-lo tosco, opinião que não compartilho, mas que ele marcou seu nome na história da Tv brasileira com clássicos como a "Porta dos Desesperados", ele marcou.
Logo, a "Ópera do Mallandro", dirigido por André Moraes, com um elenco de peso com figuras como o Capitão Nascimento Wagner Moura, Lázaro Ramos e Thaís Araújo e uma trilha sonora com regravações de clássicos como "Vem fazer Glu-glu" e "Bilu-Tetéia" feitas pelo fraco e desconhecido Caetano Veloso (além do ídolo Sidney Magal), sintetiza toda sua obra, que acima de tudo representou uma década, uma forma de fazer humor. Uma homenagem justa a uma pessoa que até hoje, sempre que aparece em algum desses decrépitos programas da tarde retira muitas gargalhadas de quem os assiste.
Yéah Yéah e Glu Glu para vocês. Até a próxima.
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