Monday, March 31, 2008

Curta aí - Janela Aberta

Prosseguindo com meu post semanal sobre curtas, vos apresento "Janela Aberta" (2002), de Philippe Barcinski. De novo esse diretor? Sim, de novo. Porque, para mim, este jovem cineasta paulistano é uma nova visão da sétima arte no Brasil. Não falo isto com o intuito de bajulá-lo, mas pelo simples fato de que Barcinski faz filmes simples e com baixo orçamento, ao melhor estilo cinema argentino. E, convenhamos, o cinema argentino está um patamar acima do nosso. Nossos hermanos enxergaram que a grana quase nunca vai ser alta, então pensam o seguinte: "vamos priorizar uma história simples, mas bem contada, que assim atingiremos nossos objetivos". E Barcinski pensa assim. Ele faz do cinema um retrato intimista da vida das pessoas.
;
Fernando Meirelles, Walter Salles e, mais recente, José Padilha fizeram filmes de cunho político-social, o que é válido em um país com tantos problemas como o nosso. Mas, ao retratar a vida de pessoas que não-fedem-nem-cheiram, como o engenheiro do Detran em "Não Por Acaso", Barcinski encontrou um outro caminho para o cinema brasileiro, que pode vir a ser um futuro, pois o Brasil não é só violência, miséria, drogas e favelas, apesar de este quarteto representar uma boa parcela do que é o país.
;
Neste curta, Barcinski conta a história de um homem (Enrique Diaz, da série "Os filhos do carnaval") que não consegue dormir porque não lembra se deixou a janela da sala aberta ou fechada e, com isso, surge uma bela trama com um final surpreendente. Com vocês, "Janela Aberta".



Hasta!

Curtas passados: O Sindicato, Palíndromo.

No comments: