Prosseguindo com meu post semanal sobre curtas, vos apresento "Janela Aberta" (2002), de Philippe Barcinski. De novo esse diretor? Sim, de novo. Porque, para mim, este jovem cineasta paulistano é uma nova visão da sétima arte no Brasil. Não falo isto com o intuito de bajulá-lo, mas pelo simples fato de que Barcinski faz filmes simples e com baixo orçamento, ao melhor estilo cinema argentino. E, convenhamos, o cinema argentino está um patamar acima do nosso. Nossos hermanos enxergaram que a grana quase nunca vai ser alta, então pensam o seguinte: "vamos priorizar uma história simples, mas bem contada, que assim atingiremos nossos objetivos". E Barcinski pensa assim. Ele faz do cinema um retrato intimista da vida das pessoas.
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Fernando Meirelles, Walter Salles e, mais recente, José Padilha fizeram filmes de cunho político-social, o que é válido em um país com tantos problemas como o nosso. Mas, ao retratar a vida de pessoas que não-fedem-nem-cheiram, como o engenheiro do Detran em "Não Por Acaso", Barcinski encontrou um outro caminho para o cinema brasileiro, que pode vir a ser um futuro, pois o Brasil não é só violência, miséria, drogas e favelas, apesar de este quarteto representar uma boa parcela do que é o país.
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Neste curta, Barcinski conta a história de um homem (Enrique Diaz, da série "Os filhos do carnaval") que não consegue dormir porque não lembra se deixou a janela da sala aberta ou fechada e, com isso, surge uma bela trama com um final surpreendente. Com vocês, "Janela Aberta".
Hasta!
Curtas passados: O Sindicato, Palíndromo.
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Curtas passados: O Sindicato, Palíndromo.
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